Wandery Rodrigues, Secretário Especial de Fazendo do Ministério da Economia, causou a ira de Jair Bolsonaro quando, em uma entrevista, deixou escapar os planos que estavam por traz do programa Renda Brasil, que deveria substituir o Bolsa Família.
O secretário afirmou que, para financiar o novo programa social, o Ministério da Economia trabalhava com a hipótese de congelar, por dois anos, benefícios previdenciários, como aposentadorias, pensões e outros.
A ideia não pegou bem e a população e as críticas começaram a se acumular. Como sempre faz quando a coisa aperta, Jair Bolsonaro logo disse que não sabia de nada sobre os planos do Ministério e ameaçou dar um “cartão vermelho” para a equipe econômica.
Bode expiatório
Ainda que todo o projeto do Renda Brasil estivesse sob a batuta de Paulo Guedes, o Ministro da Economia, foi Waldery Rodrigues quem pagou o pato por ter divulgado informações que, na teoria, ainda não deveriam chegar à população.
Por isso mesmo, agora o governo federal estuda uma maneira de enviar o secretário pra ocupar alguma vaga brasileira em organismos internacionais. A tática é parecida com a usada com Abraab Weintraub, ministro da educação que não deixou saudades.
Panos quentes
Enquanto não há nenhuma vaga aberta para o perfil de Waldery, a tática do governo é colocar panos quentes no assunto. A ideia é esvaziar a discussão o máximo possível, para que não haja atritos com o ministério da economia.
Da mesma forma, Paulo Guedes já tem informado seus colegas de trabalho a falarem menos e trabalharem mais. Ao que parece, o problema não era congelar os benefícios, o que causou discussão foi o fato de a informação ter sido divulgada ao público.
Guedes confia em Waldery
Jair Bolsonaro foi eleito com o discurso de que Paulo Guedes teria carta branca para comandar a economia do país. O problema é que, com o passar do tempo, suas interferências não param de aumentar.
Muitos da equipe econômica já deixaram o cargo e Waldery, homem de confiança de Guedes, pode ser o próximo.