Venezuelanos refugiados podem ajudar na recuperação brasileira


O Brasil enfrenta uma grave crise econômica e está em estado de recessão.

O Brasil enfrenta uma grave crise econômica e está em estado de recessão. Por isso, a recuperação econômica é um dos focos do momento e toda ajuda é bem-vinda. Um auxílio inesperado pode vir dos refugiados venezuelanos que estão no Brasil. 

Quando os venezuelanos começaram a cruzar a fronteira com o Brasil, muita gente torceu o nariz. No entanto, com seus aspectos culturais, a possibilidade de abrir negócios e mão de obra especializada, os refugiados podem ajudar na recuperação brasileira. 

Estudo

Um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Brasília (UNB), com o auxílio da delegação da União Europeia no Brasil e da Agência das Nações Unidas para os refugiados analisou a situação dos imigrantes venezuelanos. 

A maioria dos entrevistados pelo estudo já empreendia na Venezuela e quando veio ao Brasil precisou de algum tempo para se adaptar. Por outro lado, as dificuldades serviram como motivação para enveredar por novos caminhos. 

Aprendendo a se reinventar

Muitos deles, como a terapeuta ocupacional Yilmary de Perdomo, conseguiram abrir seus próprios negócios no país. Yilmary é especialista em ergonomia industrial e educação inclusiva, e decidiu vir para o Brasil com o marido em 2016. 

No Brasil, Yilmary começou a vender café da manhã na rua para se sustentar. O interesse pela gastronomia foi crescendo, até que ela resolveu aperfeiçoar seus conhecimentos e estudar a legislação brasileira, para abrir seu próprio negócio. 

Hoje ela tem um negócio de comidas típicas, o Tentaciones da Venezuela, que fica em São Caetano do Sul. 

Como investir

Fugindo de uma grave crise econômica na Venezuela, os refugiados não tinham, na maioria, muito dinheiro, mas investiram de R$ 5 mil a R$ 120 mil em seus negócios. Isso porque, ao vir para o Brasil, eles trouxeram todas as suas economias. 

Por outro lado, muitos deles conseguiram fazer seus cadastros como microempreendedores individuais (MEIs), o que permitiu que entrassem no mercado de trabalho como prestadores de serviço.

Assim, com o conhecimento que possuem e o dinheiro que trazem para investir, os refugiados podem auxiliar na necessária retomada econômica do país.