Uma reforma tributária que não faça igrejas pagarem suas dívidas será inútil


Muito se fala no Governo Federal sobre a necessidade de realizar reformas para que possa haver o respiro necessário para as contas públicas

Muito se fala no Governo Federal sobre a necessidade de realizar reformas para que possa haver o respiro necessário para as contas públicas. Com essa ideia veio a reforma da previdência, que prejudicou milhões de pessoas.

Entretanto, não parece que reforma alguma dê conta de resolver a situação econômica do país se o governo não for capaz de cobrar aqueles que devem. Bancos e Igrejas, por exemplo, têm dívidas milionárias, e o governo nada faz para que paguem. 

As dívidas milionárias das igrejas

Organizações religiosas que atuam na Região do Polo Têxtil de São Paulo, sozinhas tem uma dívida de R$670 mil com a União. Os débitos são na maioria previdenciários. O rombo da previdência foi o que justificou a ultima reforma. 

Os dados estão abertos e podem ser acessados por qualquer pessoa na Lista de Devedores da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Economia. Apenas três das Igrejas acumulam 66% da dívida.

Só a Assembleia de Deus de Sumaré tem uma dívida de R$215,6 mil, dos quais R$201,8 são de débitos previdenciários. A Assembleia de Deus Ministério de Madureira, em Santa Bárbara d’Oeste deve R$123 mil, dos quais R$120 mil são previdenciários. 

Defesa

Algumas das igrejas não se dão ao luxo sequer de responder o porque de terem dividas tão elevadas. O Ministério Madureira, por outro lado, afirmou que em alguns meses não consegue quitar todas as dívidas e por isso elas se acumularam.

As dívidas não serão pagas

Ainda que os valores pudessem ser uma ótima ajuda para as combalidas contas públicas, dificilmente elas serão pagas. Nesta semana Jair Bolsonaro vetou parte de um projeto que previa o perdão de quase R$1 bilhão em dívidas das igrejas. 

Por trás das cortinas, entretanto, já pediu que o Congresso derrube seu veto e faça o perdão.

O Congresso Nacional possui o que é chamado de Bancada Evangélica, um grupo formado por pastores, filhos de donos de igreja, bispos e diversas outras denominações, que tem como foco elaborar ou pautar projetos que atendam interesses das igrejas.