O número de americanos que entraram com pedido de seguro desemprego aumentou acima da marca de 1 milhão na semana passada, um revés para um mercado de trabalho americano em dificuldades.
Sentem-se os efeitos duradouros da pandemia de coronavírus sobre a maior economia do mundo. Ainda assim, nem tudo está perdido.
De volta ao trabalho?
Em meio a algumas recontratações, as listas dos que continuam a receber os subsídios diminuem lentamente, o Departamento do Trabalho dos EUA informou na quinta-feira (20).
Outros dados indicam que a recuperação da recessão desencadeada pela COVID-19 segue seu curso, embora num ritmo mais contido do que anteriormente.
Os pedidos iniciais de seguro desemprego subiram para 1,106 milhão na semana terminada em 15 de agosto. O número foi de 971.000 na semana anterior, agora revisados para cima.
Economistas inquiridos tinham previsto aumento de 925 mil pedidos na última semana.
O nível da semana anterior tinha marcado a primeira vez desde março que novos pedidos semanais tinham ficado abaixo de 1 milhão, alimentando algum otimismo de que o ritmo das demissões poderiam diminuir ainda mais.
A inversão no passo observada na semana passada azedou essa percepção. Em 21 das últimas 22 semanas, o aumento de pedidos semanais esteve acima da marca de 1 milhão.
“O mercado de trabalho está longe de saudável”, escreveu Nancy Vanden Houten, economista americana da Oxford Economics, em nota aos clientes.
Discussões políticas
Vale dizer que a volatilidade observada no pagamento de auxílios ocorre após a expiração de um subsídio semanal extra de US$ 600, que caducou no final de julho.
O benefício aumentado estava em vigor desde o final de março, quando da aprovação do trilionário pacote de estímulo do coronavírus pelo Congresso.
No entanto, os Democratas no Congresso e a Casa Branca não conseguiram chegar a acordo sobre a sua prorrogação, com as discussões se estendendo na semana.
Embora o presidente Donald Trump tenha assinado um decreto que inclui que prorroga o aumento do benefício a uma taxa reduzida de US$ 400 por semana, permanece incerteza orçamentária sobre a sua implementação.