Setor de entretenimento acelerou sua evolução digital em meio a pandemia


O estudo Global Entertainment & Media Outlook 2020-2024, realizado pela consultoria PwC Brasil, aponta que a indústria do entretenimento precisou tornar-se mais remota, e virtual durante a pandemia da covid-19.

Segundo o estudo, também, a indústria precisou se adaptar para tornar-se mais transmitida sob demanda. Outro ponto importante foi a necessidade de ser mais personalizada, diante das restrições que a pandemia acabou impondo a todos os setores. 

Mesmo assim, espera-se que, no Brasil, a recessão no setor de entretenimento chegue a 6,5% ao final do ano de 2020. No quesito financeiro, os números significam uma queda de US$ 2,5 bilhões em receitas. 

Transformação digital

A consultoria entende que a pandemia forçou uma reação do setor e o resultado disso foi uma aceleração de uma transformação digital que já estava em curso. Nesse cenário, foi preciso entender os novos hábitos de consumo da população. 

Para Ricardo Queiroz, da PwC, aqueles setores que necessitavam da presença física dos consumidores ficaram mais ressentidos. Por outro lado, outros setores apresentaram uma maior resiliência e investiram na influência digital. 

A queda foi grande, mas haverá volta

No mundo todo o setor de mídia e entretenimento sofreu bastante. Espera-se que 2020 seja o ano com a maior queda em todos os 21 anos em que a pesquisa foi realizada. Em termos absolutos globais, a perda deve ser de US$ 120 bilhões. 

No entanto, as expectativas para os próximos anos são boas. O setor espera recuperar-se nos próximos cinco anos no Brasil. A perspectiva é de que um crescimento médio anual de 2,47% possa fazer com que o setor volte a crescer. 

Setor foi atingido de várias formas

Os números apontam, no entanto, que o setor foi atingido de forma desigual. Os setores de música ao vivo, teatros, cinema e feiras foram mais atingidos, em virtude das restrições impostas por causa da Covid-19, principalmente o distanciamento social. 

Em contrapartida, o streaming viu sua fatia de mercado crescer e, para os próximos anos, a esperança é que a aceleração digital promova um crescimento de 33% do setor.