Riqueza gerou riqueza na pandemia. A pobreza? Miséria.


No mundo todo a pandemia da covid-19 atingiu economicamente a vida das famílias. O que relatórios espalhados pelo mundo todo têm demonstrado, no entanto, é que, para os mais ricos, o período foi de chances para ganhar ainda mais dinheiro. 

Segundo Fernando Burgos, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a desigualdade social já estava aumentando nos últimos anos, mas com a pandemia o salto foi ainda maior. 

Para os que tinham muito dinheiro, a situação não mudou muito, exceto pelo fato que ganharam mais dinheiro. Mas uma parcela da sociedade lutava para se manter em um status sob controle e, agora, não resistiu a crise e caiu em direção a vulnerabilidade. 

Como os ricos permaneceram fortes?

Por mais incrível que pareça, a quarentena forçada causou um aumento no consumo de alguns itens, como alimentos. As vendas de produtos na internet também dispararam e nunca se vendeu tanto material de construção. 

Some-se a isso o fato de que a alta procura aumentou o valor dos produtos. Com isso, os lucros foram ainda maiores. Dessa maneira, quem tinha uma administração sólida antes da pandemia, permaneceu forte e conseguiu ganhar muito dinheiro. 

Outro ponto importante par ao aumento da desigualdade é que as grandes empresas distribuem os lucros entre seus acionistas. Então, mesmo elas ganhando mais, os salários dos colaboradores permanecem os mesmos. 

Como a miséria bateu na porta?

Para os brasileiros, a pandemia foi um choque. O número de desempregados explodiu e muitas famílias se viram obrigadas a utilizar suas economias para se manter. Se não bastasse, a inflação chegou forte, em produtos básicos como o arroz. 

Quem conseguiu se manter trabalhando viu diminuir o salário, por vários motivos. Tudo isso contribuiu para que a vida fosse piorando cada vez mais. Assim, o numero de pobres cresceu tanto que há muita preocupação para o futuro. 

Milhões de pobres pelo mundo

A situação não está ruim apenas no Brasil. A ONU acredita que 176 milhões de miseráveis emergirão no pós-pandemia. Mais que isso, segundo a organização, o que vimos até agora é só o começo.