A Fundação Getúlio Vargas – FGV, tem realizado diversos estudos sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na economia brasileira. O último deles apontou que, desde o dia 11 de março, quando a pandemia começou por aqui, o brasileiro perdeu 20,1% da renda.
Nesse cenário, a renda mensal que era em média de R$1118 passou para R$893. Para chegar a esse número a FGV levou em consideração não só os trabalhadores formais, mas também os informais e aqueles que estão desempregados.
Os dados estão em um estudo realizado pelo economista Marcelo Neri, que buscou avaliar os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho brasileiro.
Desigualdade também cresceu
Um ponto preocupante para o povo brasileiro está na avaliação do coeficiente de Gini, utilizado para avaliar o nível de desigualdade entre os cidadãos do país. Esse número também aumentou, 2,82%, desde que a pandemia te início.
Todo mundo perdeu
O dado mais relevante do estudo talvez seja aquele que demonstra não ter havido quem passasse incólume pela crise econômica causada pela pandemia. Por isso mesmo, do mais pobre ao mais rico, todos tiveram alguma perda de renda no período.
Para os mais pobres, que tinham uma renda média de R$199 o tombo foi maior. O recuo na renda de 27,9% fez com que essas pessoas passassem a sobreviver com R$144 mensais.
Para os 10% mais ricos do país o impacto foi menor. Eles, que estão acostumados com uma média de R$5428 mensais viram sua renda cair 17,5% e passaram a ter de pagar as contas com uma média de R$4.476 mensais.
Motivos para a queda
O principal motivo para a queda da renda, segundo os pesquisadores, foi a redução da carga horária de trabalho diária. Essa diminuição chegou a atingir 14,34% na média.
Outro ponto relevante foi que a taxa de ocupação também caiu 9,9% e ajudou a puxar para baixo a média da renda dos brasileiros.
Para os analfabetos, indígenas e jovens entre 20 e 24 nos a situação também pesou e, em média, essas pessoas viram sua renda mensal cair cerca de 20%.