Preço do ovo sobre depois que onda de calor mata mais de 1 milhão de galinhas


Os brasileiros já perceberam que a inflação chegou com força nos mercados do país. Depois do aumento dos preços do arroz, do óleo e de diversos outros itens, agora é a vez dos ovos. A culpa é da onda de calor que se abateu sobre o país. 

O município de Bastos é o principal polo de produção de ovos do Estado de São Paulo. A onda de calor que assolou o estado, entretanto, vitimou mais de 1 milhão de aves em poucas semanas. Em uma das granjas, cerca de 50 mil aves morreram em apenas 5 dias. 

Na região, as temperaturas ficaram na média de 41ºC, bem acima da média histórica da região. 

Impacto será grande

A cidade representa 33% da produção de ovos do estado, por isso, o impacto no fornecimento deve ser grande. Somente em 2019, o município produziu 438 milhões de dúzias de ovos, que são distribuídos para todo o país. 

O número de aves mortas, então, representa cerca de 3% do total disponível. O município conta com 34 milhões de aves, voltadas principalmente para a produção de ovos. 

Segundo Katsuhide Maki, presidente da associação de produtores, a tendência é que a produção tenha uma grande queda, principalmente porque as aves sobreviventes também devem produzir menos, em virtude do estresse causado pelo calor. 

Custos já estão sendo repassados

Com uma menor produção, as granjas já estão repassando os custos nos novos ovos entregues. Uma caixa com 30 ovos brancos já ficou 6,3% mais caro na última semana. Os ovos vermelhos já tiveram um aumento de 7,2%. 

A tendência é que os preços continuem subindo por enquanto. Alguns produtores perderam até 20% de sua capacidade de produção. Com a menor oferta, diante de uma demanda gigantesca, o custo deve ficar mais caro. 

Inflação está forte

O preço de itens básicos na mesa do consumidor não para de subir. No momento de escassez, a tendência e que a variação continue a ser grande. Por isso é importante se programar e não gastar demais.