Preço das roupas deve ser o próximo a tirar o sono do brasileiro


Os brasileiros viram a conta da pandemia chegar com mais força nas últimas semanas.

Os brasileiros viram a conta da pandemia chegar com mais força nas últimas semanas, quando o preço do arroz e de outros itens da cesta básica disparou nos mercados. Pressionados pela pandemia e pelo dólar alto, os preços tiveram uma forte alta.

Agora, o próximo bem de consumo que deve ficar mais caro para os consumidores é o vestuário. O preço do algodão disparou no campo, o que encareceu o preço para as indústrias e, consequentemente, deve desembocar no bolso do consumidor.

O aumento será salgado

O problema maior é que o aumento não tende a ser pequeno. As negociações de tecido que estão sendo realizadas agora, com vistas na próxima coleção outono/inverno de 2021, já estão sendo feitas com preços 40% mais caros do que os do ano passado.

O setor de têxteis praticamente viu suas atividades paralisadas quando a pandemia começou. Sem ser considerado essencial, o setor acumula uma perda de 19,7% durante o ano e a tendência é que os próximos meses sejam de recuperação.

Recuperação em andamento

Em julho, com a retorno gradual das atividades econômicas, o setor viu um crescimento considerável, de 25,2% em relação ao mês anterior. Parece muito, mas a comparação está sendo feita com um momento em que tudo estava estagnado.

Um dos grandes impulsos para o início dessa recuperação pode ter sido o auxílio emergencial de R$ 600 concedido pelo governo. O auxílio, entretanto, já caiu pela metade e tem prazo de validade, sendo pago somente até o final do ano.

Expectativa de crescimento

Ainda que os preços tendam a crescer bastante, não há no horizonte ideia de que possa haver queda de vendas. Isso porque o retorno das outras atividades econômicas também contribui positivamente para beneficiar as vendas no setor.

Cerca de 10 milhões de pessoas estão saindo do home office e retornando as suas atividades. Com isso, é muito provável que necessitem dos produtos de vestuário.

Agora é importante esperar e ver quais valores serão repassados ao consumidor, os gastos ou os lucros exorbitantes dos comerciantes.