Nesta semana muitas pessoas tomaram um susto quando se dirigiram aos supermercados para realizar suas compras. O valor de itens básicos, como o arroz e o óleo, disparou nas gôndolas e, pelo que dizem os empresários, os preços não devem baixar tão cedo.
Diante disso, o presidente da república fez um apelo para que os empresários diminuíssem suas margens de lucro. Inútil. Já a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, notificou supermercados e empresas para explicar a alta.
Também foram notificadas cooperativas e associações que são ligadas a produção, distribuição e também venda de alimentos que compõem normalmente a cesta básica.
A notificação
A Secretaria Nacional do Consumidor deu cinco dias para que os notificados respondam aos questionamentos e expliquem os motivos da alta dos preços.
Como justificativa para a ação, a Senacon diz na notificação que a decisão de notificar o setor de produção e comercial se deu em virtude da necessidade de esclarecer as causas que levaram ao aumento dos itens da cesta básica.
O arroz como vilão
Presente em praticamente todas as mesas brasileiras, o arroz é o alimento mais consumido do país. E foi ele quem puxou os preços para cima com mais força, com variações que chegaram a 100% em alguns supermercados.
A Senacon contesta a necessidade de aumento apegando-se no fato de que, nos últimos anos, o volume produtivo de arroz no Brasil foi recorde, segundo dados da Conab, não havendo, portanto, motivos para a alta.
Fiscalização
A Senacon informou, também, que a busca por informações visa coibir aumentos considerados arbitrários.
A ideia tem base no Código de Defesa do Consumidor, que prevê como abusiva a elevação, sem justa causa, do preço de produtos ou serviços.
Economia em frangalhos
Com o dólar acima de R$ 5, parece estranho que o governo não entenda os motivos da alta. Os produtores preferem exportar à vender dentro do país, onde recebem com a moeda brasileira.
Além disso, Bolsonaro aumentou a importação de arroz dos EUA, paga em dólar. Parece tudo muito óbvio.