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Paulo Guedes diz que a economia precisa da vacina

Paulo Guedes, Ministro da Economia, afirmou que a economia brasileira precisa, e muito, do surgimento de uma vacina contra a Covid-19. Ele disse que os efeitos econômicos da pandemia perderam força, as a recuperação só deve ocorrer mais tarde. 

Segundo o ministro, a liberdade só virá quanto uma vacina contra o coronavírus surgir. Enquanto isso não ocorrer, estamos todos vulneráveis e sob ameaça. Isso foi o que ele disse em uma videoconferência da qual participou, no Congresso Nacional. 

Retomada em V

Há cada dois meses o ministro da economia deve comparecer diante da comissão mista que foi criada pelo Congresso para reconhecer o estado de calamidade em que o país se encontrava em razão da pandemia. 

Durante a videoconferência, Paulo Guedes afirmou que o país está em uma retomada em V. Ou seja, a ideia dessa afirmação é dizer que, após uma queda abrupta, o país começou a se recuperar, na mesma velocidade com que havia caído. 

Segundo ele, muitas vagas de emprego foram destruídas em abril, porém, logo depois, a retomada fez com que novas vagas fossem criadas rapidamente. 

Foco nas reformas

Guedes foi interpelado sobre a possibilidade de haver manutenção de medidas emergenciais, no caso de uma segunda onda da Covid-19. Ao invés de responder a pergunta, Guedes resolveu cobrar os congressistas. 

O ministro afirmou que o país tem fôlego para chegar, apenas, até o final do ano e que, depois, tudo é um ponto e interrogação. Segundo ele, sem trabalhar as reformas, um novo desafio surgirá e não será possível estender benefícios ad eternum. 

Guedes usa a crise a seu favor

O que se pode perceber é que Paulo Guedes têm trabalhado muito mais com foco na aprovação de reformas do que para promover a retomada econômica. Com 14 milhões de desempregados, a retomada em V alardeada por ele parece coisa de propaganda política.

Mais que isso, a ideia de que as reformas resolveriam tudo não tem fundamento. O país não tem planos para criar empregos, enfrentar o câmbio ou promover um crescimento macroeconômico com bases realmente sólidas. 

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