O setor de turismo foi um dos mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus. Nesse sentido, o número de vendas de passagens aéreas também desabou. Com isso, o preço das passagens também se tornou bastante atrativo.
No entanto, agora que as coisas começaram a voltar ao normal e a quarentena relaxou, os preços voltaram a subir. Há cerca de um mês o valor das passagens aéreas já está em alta e a tendência para os próximos meses é de que continuem subindo.
Os números não mentem
O Índice Geral de Preços-Mercado, da Fundação Getúlio Vargas, aponta que os indicadores foram de 23,74% no mês de setembro. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE, aponta que a alta foi de 6,39%.
Os grandes prejuízos sofridos pelas empresas aéreas durante a pandemia, assim como a redução de insumos e alta do combustível são fatores de destaque. Tudo isso deve ajudar o preço das passagens aéreas ficar cada vez mais caro.
O Real não vale quase nada
Outro ponto importante é a desvalorização desenfreada da moeda brasileira. O dólar cada vez mais alto tem influência clara nos custos operacionais. Como houve uma demanda muito baixa, as empresas estão com um caixa muito baixo.
Clientes antigos podem pressionar preços
Outro ponto que pode pressionar a alta está relacionado com clientes antigos. Isso porque muitos voos foram suspensos em razão da pandemia. Logo, agora esses clientes tem direito a utilizar seus créditos para realizar novas viagens.
Como eles podem utilizar muitas das vagas disponíveis, os assentos que sobrarem podem ficar mais caros.
Recuperação lenta do turismo
O turismo tem tido uma recuperação mais lenta do que a de outros setores da economia. Mesmo assim, já foi possível para o setor sentir uma pequena mudança. O Ceará, por exemplo, registrou uma alta de 84% na atividade no último mês.
Diante de tudo isso, o movimento nos aeroportos tente a aumentar. Para quem não precisa viajar agora, a dica é esperar mais um pouco ou se adiantar e adquirir o bilhete com bastante antecedência, pois vão encarecer.