O governo federal tem insistido no projeto Renda Cidadã que, na prática, seria como um novo bolsa família, mas que atingiria mais pessoas. Ainda que o projeto seja válido, ele não pode ser isolado, e está na hora de olhar também para a economia como um tudo.
Obviamente que milhares de famílias estão sofrendo as consequências da pandemia e precisam de auxílio. No entanto, é preciso que o governo federal encontre alternativas para atrair investidores e aumentar o número vagas de emprego.
Auxílios mascaram economia em frangalhos
Para se ter uma ideia, o auxílio emergencial potencializou a economia na região do norte do Paraná. O impacto foi tão grande que os municípios da região tiveram um superávit de R$ 666,99 milhões, em meio a crise.
O problema é que esse número não se sustenta em longo prazo. O numero de pessoas beneficiadas pelo auxílio emergencial é maior que o número de pessoas que recebem o auxílio emergencial.
Com a diminuição do auxílio a situação tende a piorar e, em janeiro, quando não haverá mais pagamento, o medo é de uma convulsão social.
É preciso gerar empregos
Há muito tempo o governo federal tem apoiado a informalidade. Na esteira de diminuir os gastos dos empresários, tudo foi sendo simplificado de uma maneira que os vínculos empregatícios perderam muito de sua regularidade contratual.
O problema, então, é que, como as relações de trabalho são informais, mesmo quem trabalha pode solicitar auxílios emergenciais, por exemplo. Assim, muita gente que não precisa recebe e os realmente necessitados ficam sem.
Governo não consegue manter a economia sozinho
Os primeiros reflexos já estão surgindo. O governo federal está se endividando cada vez mais. Por outro lado, deseja continuar os projetos de distribuição de renda e desoneração de folhas, o que fará com a dívida cresça ainda mais.
Os projetos, em seu cerne, não são ruins, mas a equipe econômica precisa encontrar um equilíbrio. Mais que isso, a economia precisa voltar a andar com as próprias pernas.
Encontrar alternativas não deveria ser problema para os liberais.