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Pandemia mostra economia que se poderia fazer na Câmara

A pandemia do novo coronavírus trouxe um novo estágio nos trabalhos de diversas empresas. No caso dos órgãos públicos, a situação não foi diferente. A economia que se pôde observar em lugares como a Câmara dos Deputados, chama a atenção. 

Um dos pontos mais interessantes que se pôde observar foi a drástica diminuição do consumo de garrafas de água no local. Durante a pandemia, a Câmara economizou 97% da quantidade que costumava gastar regularmente. 

O tamanho da economia

Garrafas de água são baratas, principalmente quando compradas em grande quantidade, como devem ser na Câmara. No entanto, observa-se que, somente com a economia dessas pequenas garrafas, o órgão conseguiu economizar R$ 164 mil. 

A redução do consumo de copos descartáveis foi outro que ajudou a economizar. A queda nesse caso foi de 90% e, diante disso, o órgão conseguiu economizar outros R$ 26 mil. De um consumo de 14 mil unidades, passou-se a apenas 1,4 mil. 

Gastos com deputados persistem

Mesmo sem que houvesse sessões presenciais ou reunião de comissões, a Câmara dos Deputados precisou continuar gastando com apartamentos funcionais para deputados, bem como com os salários dos assessores parlamentares. 

Hoje, 365 apartamentos funcionais são ocupados por deputados; 57 deles recebem auxílio moradia e outros 105 recebem valores como ressarcimento, quando entregam o recibo de locação. Só com isso a Câmara gastou quase R$ 5 milhões durante o ano. 

Da mesma forma, os assessores parlamentares, mesmo trabalhando de forma remota, continuam a receber salários. Como a Câmara conta hoje com 9.664 secretários parlamentares, o gasto é grande. 

Até agora, com eles já foram gastos R$ 435 milhões apenas com os salários dessas pessoas. 

Reformas administrativas

A situação mostra certo descontrole e que, por mais que seja possível economizar em um lugar, como a água, os gastos reais estão em outro lugar.

A reforma administrativa que está em curso em nada pode ajudar, pois assessores e parlamentares não serão atingidos. 

Os cortes da reforma administrativa devem atingir os servidores de carreira, que ganham normalmente muito menos que os  secretários contratados por livre nomeação. 

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