Um assunto tomou conta dos jornais nas últimas semanas e chamou a atenção de muitos trabalhadores de diferentes setores da economia: a desoneração da folha de pagamentos para algumas empresas.
Isso significa que parte dos empregadores terão menos custos com os funcionários e, dessa forma, não precisariam fazer demissões ou reduzir a sua produção.
A intenção do governo federal é impedir que haja ainda mais perda de emprego em meio às sequelas que a pandemia de coronavírus deixou. Afinal, é claro que a pandemia ainda não chegou ao fim, mas as restrições maios graves, sim.
Havia bastante expectativa a respeito da prorrogação dessa desoneração e ela realmente foi autorizada em uma decisão do Congresso. Contudo, os especialistas agora entram em outro debate: será que a previdência social aguenta esse baque em sua receita?
De acordo com os economistas e com o próprio governo federal, o ano de 2021 pode chegar com uma diminuição de mais de R$ 10.000.000.000 nos cofres públicos.
Porém, há houve uma diminuição significativa da receita neste ano mesmo: em 2020, a quantidade de dinheiro que deixou de entrar nos cofres da previdência foi do mesmo valor.
Vale dizer que esse tipo de ajuda para as empresas como uma forma de evitar desemprego não é uma ideia especificamente do Brasil: países como a Colômbia e o Chile já optaram por essa estratégia para “segurar” um pouco a economia em momentos conturbados.
Qual é a dúvida com relação à previdência?
O que deixa grande parte dos economistas um pouco preocupada a respeito da desoneração da folha de pagamentos é o fato de isso poder impedir a previdência social de pagar todos os benefícios previdenciários aos cidadãos.
Cabe ressaltar que houve uma reforma da previdência há pouquíssimo tempo justamente pelo fato de o governo não ter condições, a longo prazo, de continuar arcando com todas as aposentadorias e demais benefícios.
Sendo assim, as previsões são de que seja preciso uma carga maior de impostos futuramente para compensar a desoneração.