O fantasma da inflação volta a assombrar


Retomada econômica tendo início.

Era de se esperar, mas não é por isso que o brasileiro está feliz com a situação. Com a pandemia do novo coronavírus um pouco mais controlada e a retomada econômica tendo início, os empresários resolveram recuperar os prejuízos acumulados na quarentena. 

Como resultado disso, o que se pode ver é um aumento exagerado de produtos nas gôndolas dos supermercados. O aumento do preço de itens básicos, como o arroz e o óleo de soja, traz a tona um fantasma que estava há muito adormecido, a inflação. 

Recessão

O problema maior é que a chegada da inflação ocorre no momento em que o país enfrenta a maior recessão de sua história. Com isso, toda a cadeia produtiva tem sido atingida pelo aumento de preços, o que acaba sendo pago pelo consumidor. 

Muitos produtores e até mesmo os donos de supermercados, dizem que os produtos já chegam até eles com preços maiores. Com todo mundo querendo recuperar os prejuízos anteriores, a conta acaba sobrando para o consumidor, e sofrem os mais pobres. 

IPCA em alta

O índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), número da Fundação Getúlio Vargas que mede a inflação, subiu 3,87% em agosto. Uma alta que não ocorria desde o ano de 2012.

O problema ainda é maior quando se verifica que esses números tem ligação com o alto valor do dólar e os reflexos devem perdurar por um período ainda longo. Pior, as chances são de que o índice volte a subir na próxima medição, pois a inflação deve crescer. 

Reflexos do dólar

O dólar alto fez aumentar os custos das importações, o que reflete diretamente no preço dos produtos. Isso porque muito dos insumos e equipamentos utilizados na cadeia de produção vem do exterior. 

Da mesma forma, com o alto valor da moeda estrangeira, aumentaram e muito as exportações e os produtores tem preferido vender seus produtos para o exterior.

O grande problema decorrente disso é que faltam produtos no mercado interno e com a alta demanda causada pela quarentena, a tendência é que os preços subam ainda mais.