A retomada econômica brasileira tem passado tampem pela concessão de crédito. A baixa taxa de juros ajuda para que isso ocorra. No entanto, mais que a procura de empresários, os números mostram um crescimento no número de famílias que buscam empréstimos.
Segundo dados divulgados pelo Banco Central, em agosto os bancos forneceram 4,5% mais empréstimos as famílias do que em julho. O crescimento tem como base, principalmente, o financiamento imobiliário, que cresceu 11% nesse período.
A taxa Selic a apenas 2% tem ajudado muita gente a encontrar boas oportunidades de financiamento em longo prazo.
Empresas vão na contramão
Enquanto as pessoas comuns têm demonstrado um maior apetite pela contratação de empréstimos, as empresas recuaram 1,7% na procura do crédito. Os financiamentos dos programas governamentais também caíram 8,1%.
O número, no entanto, é natural, uma vez que, no mês de julho os financiamentos para Microempresas e empresas de pequeno porte havia crescido quase 400%. Em agosto as concessões para as empresas somaram R$ 343 bilhões.
Famílias buscam segurança
A oportunidade dos juros baixos surge em um momento de grande crise, mas muitos estão tentando aproveitá-la. A busca pela casa própria teve também como impulso a alta inflação aplicada aos contratos de aluguel.
Com a inflação também pressionando os alimentos, o custo de vida está cada vez maior. Por isso mesmo, muitas famílias entenderam que buscar a segurança da casa própria pode ser a melhor opção.
Outros motivos para o crédito
Para algumas famílias, no entanto, a busca pelo crédito teve motivos menos programados. Com a crise instalada, a renda de muita gente diminuiu e as contas começaram a se acumular. Não são poucos os que buscaram empréstimo para pagar dívidas.
Da mesma forma, até mesmo para lidar com as contas do dia a dia, muitos precisaram d e uma força a mais. Os bancos que, no início da pandemia, fizeram o possível para segurar o crédito, agora decidiram abrir um pouco a mão e mais dinheiro está no mercado.
A dica é somente buscar um empréstimo no caso de necessidade, evitando assim um endividamento sem motivo.