O número de desempregados no país não para de crescer. A crise que se instalou em 2019 foi agravada com a chegada da pandemia e a situação piorou. Agora, o país chega ao número recorde de 14 milhões de brasileiros sem um emprego.
Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. É sempre bom lembrar que o instituto, no lugar de considerar desempregados todos os demitidos, leva em conta apenas aqueles que estão efetivamente na busca por um novo emprego.
Os números
Segundo o estudo, 4,1 milhões de brasileiros começaram a procurar emprego entre os meses de maio e setembro desse ano. Praticamente, o país teve uma alta de 43% no total de desempregados, em apenas cinco meses.
A taxa de desemprego que era de 10,5%, então, passou para 14,4%. O número é recorde e é o maior já registrado, desde que os estudos começaram a ser feitos.
Outros dados importantes
A região nordeste foi a que registrou o maior número de desempregados no período. A região apresentou uma alta de 69% no número de desempregados. Já a região sudeste, a mais populosa, viu o número saltar 45%.
Outro ponto importante é ligado a informalidade. Segundo os dados, houve uma queda desse setor e uma estagnação do mercado.
Flexibilização da quarentena piora a situação
O IBGE só leva em consideração que são desempregados aqueles que estão na busca por emprego. Assim, com a flexibilização da quarentena, até mesmo quem não procurava emprego há algum tempo está voltando a buscar uma ocupação.
Isso está pressionando os números, mas também demonstra que o número de desocupados é muito grande.
Taxa de ocupação mudou pouco
Essa situação demonstra, também, o porquê de a taxa de ocupação permanecer estável. Em setembro, o número de pessoas ocupadas era de 83 milhões. Em maio esse número era de 83,9 milhões.
Ou seja, a metodologia do IBGE não está refletindo de maneira correta a ideia do que são os desempregados. O problema fica maior porque o órgão só conhece aqueles que procuram empregos em órgãos efetivamente oficiais.