A OI conseguiu a homologação de seu novo plano de recuperação. A decisão foi do juiz Fernando Viana, titular da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O documento é um aditivo que foi aprovado pela assembleia de credores no dia 8 de setembro.
Agora que a decisão foi juntada no processo, a OI pode colocar em prática seu novo plano de recuperação. Agora, a ideia é vender cerca de R$ 22 bilhões em ativos. Nesse grupo de ativos estão data centers, torres, redes móveis e metade do negócio de fibra ótica.
A crise é grande
A OI precisou trabalhar no desenvolvimento de um novo plano de recuperação, pois o anterior não deu os frutos necessários. Diante disso, e da pressão dos credores, a única opção foi organizar-se para começar a vender ativos.
A ideia agora é conseguir fazer o máximo de dinheiro possível para quitar ao menos um pouco da dívida bilionária que a empresa tem. Os credores aguardam há bastante tempo para que a empresa encontre uma maneira de quitar as dívidas.
Bancos tentaram anular a assembleia
O Juiz Fernando Viana, antes da homologação, precisou decidir sobre um pedido de anulação da assembleia realizada no dia 8 de setembro.
Segundo as instituições financeiras, o novo acordo as teria prejudicado, pois teria imposto um deságio de 55% sobre o valor da dívida a ser paga.
Além disso, os bancos alegam que as mudanças teriam beneficiado os bandholders, os quais, em 2017, tiveram parte de suas dívidas transformadas em ações da empresa, em uma decisão que fazia parte do primeiro plano de recuperação judicial.
OI espera sobreviver
O que se percebe das ações tomadas pela OI nos últimos meses é que a intenção da empresa é, basicamente, sobreviver ao processo de recuperação judicial. A ideia é ter força para continuar atuando na área de fibra ótica.
Com isso, chega ao fim uma das histórias mais meteóricas da telefonia brasileira. A empresa cresceu rapidamente em curto espaço de tempo, no entanto, sua derrocada ocorreu na mesma velocidade e, agora, resta apenas tentar sobreviver.