Na crise, trabalhadores domésticos ainda são os que mais sofrem


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE divulgou números que demonstram que trabalhadores domésticos e outros trabalhadores, os quais atuam na prestação de serviços a residências, são os que mas sofrem durante a pandemia. 

Ao todo, o setor de trabalhadores domésticos perdeu mais de 500 mil postos de trabalho, desde que a pandemia do novo coronavírus começou, em março de 2020. 

Diaristas ficaram sem nada

 Como a crise atingiu todo mundo, muita gente precisou cortar gastos e, nesse cenário, as diaristas foram bastante atingidas. Os patrões que precisaram ficar em quarentena decidiram, por segurança ou economia, que não precisavam mais dos serviços. 

Com isso, mulheres que ganhavam até R$2 mil por mês, viram a renda desaparecer de imediato. Esse é um cenário que atinge muitos prestadores de serviços, mas que, no entanto, foi muito mais forte no setor dos serviços domésticos. 

Não há criação de novas vagas

Os setores de trabalho de maior escolaridade tenderam a se adaptar ao home office. No caso dos serviços domésticos, no entanto, não há criação de novas vagas e quem ficou desempregado no começo da pandemia ainda procura uma realocação. 

O Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos da Grande São Paulo aponta que o setor não para de cair. Segundo Janaina Mariano, presidente do sindicato, a cada 10 atendimentos feito pelo órgão, 8 são de domésticas que perderam o emprego. 

Serviços ainda sofrerão por um tempo

A queda do interesse pelos serviços tem a ver, principalmente, com a diminuição dos salários de quem pagava por eles. No momento de crise, as pessoas preferem elas mesmas fazerem o trabalho.

Nesse cenário, a volta das contratações dependerá do retorno da economia a um patamar mais forte. Pela perspectiva, isso deve acontecer em até dois anos.