Uma das características mais marcantes do mercado imobiliário de imóveis de alto padrão no Brasil é que ele raramente é influenciado pela situação econômica do país. Transitando no que parece uma bolha, o mercado tem altas e baixas, de tempos em tempos.
Mesmo com os indicadores econômicos do país apontando para a pior recessão de todos os tempos, o que se vê entre aqueles que negociam imóveis de luxo é um sorriso no rosto e a esperança de bons negócios a curto prazo.
Valores fora da realidade, mas nem tanto
No bairro dos Jardins, em São Paulo, uma imobiliária fechou o contrato de venda de um imóvel de 900 metros quadrados pela bagatela de R$ 31,5 milhões. Parece muito, mas para o mercado de imóveis de luxo brasileiro é mais comum do que se imagina.
Segundo a private broker Renata Firpo, o mercado está superaquecido é tem sido comum que vendas desse tipo ocorram pelo menos uma vez na semana. Mas também há aqueles que não estão interessados nessa grana toda.
A executiva afirma que alguns proprietários já chegaram a recusar propostas de cerca de R$15 milhões por um imóvel, por entender que, na situação atual, não teria onde investir o dinheiro após fazer a venda.
Taxa de juros baixa influencia
Um dos motivos para a alta procura de imóveis de luxo tem sido o fato de que os juros da taxa Selic chegaram a um patamar tão baixo que o investimento em renda fixa não compensa mais. Por isso, investir em imóveis tem sido uma opção.
Outro fato importante é que a pandemia gera uma sensação de incerteza sobre a forma com que o dinheiro pode se valorizar ou se desvalorizar. O investimento em imóveis é uma certeza de que não haverá desvalorização em demasia.
Home-Office
Por mais incrível que pareça, até mesmo os mais endinheirados perceberam os benefícios do home-office e começaram a investir em moradia mais confortável.
Para os próximos meses, considerando a situação econômica e sanitária atual, a tendência é que o mercado de imóveis de luxo cresça.