Na última quarta-feira (9), a Comissão de Comércio Internacional que atua no Parlamento Europeu aprovou uma moção indicando a União Europeia que devem ser impostas maiores exigências sobre a proteção ao meio ambiente na hora de fechar contratos.
Segundo a moção, é importante que todos os acordos comerciais, incluindo de importação, incluam disposições relacionadas com o clima e o meio ambiente, especialmente sobre a conservação e gestão das florestas de forma sustentável.
A moção afirma ainda que a União Europeia, por ser um dos maiores importadores de comodities, deve atuar de modo que sua demanda de investimentos siga ocorrendo de maneira sustentável, de modo a proteger o meio ambiente e os direitos humanos.
O Brasil na mira dos Europeus
A moção não tem eficácia de lei e, portanto, não é obrigatória, mas pode atingir diretamente o Brasil. O país tem sua imagem cada vez mais arranhada no exterior pela falta de políticas internas voltadas para o meio ambiente.
O efeito político da decisão pode ser percebido se considerarmos que Emanuel Macron, presidente da França, por exemplo, mais de uma vez já manifestou sua preocupação com a falta de interesse brasileiro em cuidar das florestas.
O país em chamas
No ia 21 de agosto a chanceler alemã Angela Merkel afirmou não ter certeza se o acordo comercial entre a União Europeia e o Brasil seria promulgado. A afirmação se deu logo após a divulgação de dados sobre o aumento de 28% nas queimadas em florestas.
Enquanto isso, Ricardo Salles, ministro do meio ambiente, tem feito de tudo para “passar a boiada” das desregulamentações, visando, principalmente, beneficiar latifundiários invadem áreas protegidas e promovem o desmatamento.
A situação atual do país pode significar muito mal para a saúde e, agora, também prejudicar o bolso.