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Ministério da economia sob pressão

Começam a ser trocados os nomes nas fachadas de ministérios, em Brasília.

Jair Bolsonaro fez mais uma de suas declarações estranhas, fazendo analogias que pouca gente entende. Na manhã da terça-feira (15) deu um cartão vermelho para alguém, em virtude das alegações de que o Renda Brasil entraria em vigor logo. 

Mais tarde, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, precisou explicar que o cartão vermelho não era direcionado a ele. Dificilmente seria, já que Guedes tem uma postura ultraliberal e normalmente é contra qualquer tipo de beneficio social. 

Erro de interpretação

Segundo Paulo Guedes, houve um erro de interpretação ao associar a nova PEC do Pacto Federativo, que prevê uma desindexação e desvinculação do orçamento, com a ideia da Renda Brasil.

Para o Ministro da Economia houve uma grande barulheira, ligando pontos que não são realmente conectados, o que ocasionou a reação do presidente da república, que, segundo Guedes, “reagiu do jeito dele”.

Ele ainda firmou que a decisão de suspensão do programa foi efetivada em nome da responsabilidade fiscal. Acrescentou que não se poderia “anabolizar” a Renda Brasil buscando popularidade e que não iria, de nenhuma maneira, furar o teto de gastos. 

Alguém precisa pagar o pato

Como Paulo Guedes ainda é o único dos superministros que sobrevive no caótico governo de Jair Bolsonaro, o jeito foi encontrar um bode expiatório, e a conta caiu no colo de Waldery Rodrigues, Secretário especial da Fazenda. 

Ele já está levando a culpa pela confusão envolvendo as informações e, muito provavelmente, terá sua cabeça entregue de bandeja, para aplacar a ira do presidente da república, que não gostou das informações que foram publicadas sobre o programa. 

Ministério da economia sob pressão

Ainda que Paulo Guedes tenha feito o possível para eximir-se de qualquer responsabilidade sobre o assunto, fica nítido que o Ministério da Economia tem encontrado dificuldades para acompanhar a campanha eleitoral de Bolsonaro. 

O Ministério elaborou a toque de caixa as bases para o auxilio emergencial, mesmo contra a vontade de Paulo Guedes, e viu as ampliações subsequentes com desespero.

Ultraliberal, Paulo Guedes é pouco afeto a gastos do governo com benefícios sociais e tem encontrado muitas dificuldades. 

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