Na última sexta-feira surgiu a possibilidade de o governo dar mais um jeitinho para continuar pagando o auxílio emergencial. A ideia da vez era estender o estado de calamidade pública que, na prática, permite gastar muito mais do que se tem.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, no entanto, afirmou que não há hipótese de a casa aceitar a ideia. Segundo ele, também não há possibilidade de se aprovar o chamado orçamento de guerra, que permitiria gastos excepcionais.
Pandemia levemente controlada
Ainda que o número de mortos em razão da Covid-19 continue aumentando, a verdade é que a sensação é de que o pior já passou. Aos poucos as pessoas estão voltando à vida normal e até mesmo a economia está começando a reagir.
O governo Bolsonaro apegou-se ao auxílio emergencial depois que ele resultou em uma melhora na popularidade do presidente. No entanto, o ministério da economia já afirmou, mais de uma vez, que o dinheiro está acabando.
Falta e confiança
O Brasil foi um dos países que mais gastou durante toda a pandemia. Os gastos e o endividamento público alcançaram níveis nunca antes vistos e o país está cada vez mais desacreditado no exterior.
Depôs ainda contra o país uma ideia de Paulo Guedes de deixar de pagar precatórios para financiar programas sociais. Lá fora, isso reverberou como a possibilidade de o país estar cogitando a ideia de não pagar suas dívidas.
A ameaça de insolvência fez com que os investidores desaparecessem. E isso tem um impacto real e severo na retomada econômica.
Retomada exige seriedade
A retomada econômica brasileira exige que o governo federal tome ações sérias e relevantes. O Programa Renda Brasil, defendido por Bolsonaro, por exemplo, é uma demonstração de perda de tempo e ineficiência.
Bastava aumentar o valor do Bolsa Família e alterar alguns detalhes de concessão para ter resultado igual. Porém, investe-se em uma saga que dura meses, tudo para tentar retirar a influência de Lula.
Enquanto isso, o país poderia estar pensando e atuando de maneira mais séria.