A Latam já tinha tudo programado. A companhia aérea com sede no Chile já havia preparado todo o terreno para conseguir um empréstimo que a ajudaria a manter-se funcionando pelos próximos meses. Mas aí a justiça americana disse não.
Sem conseguir convencer o Departamento de Justiça americano de que o modelo de negócio e capitalização era adequado, a Latam, que já enfrenta um duro processo de recuperação judicial, precisa encontrar uma outra fonte de renda urgentemente.
O empréstimo
Muito atingida pela pandemia do coronavírus e a quarentena, que diminuiu drasticamente o número de voos, a empresa buscou auxílio em instituições financeiras para conseguir um empréstimo de US$ 2,45 bilhões.
Toparam o acordo as famílias Cueto (Chile) e Amaro (Brasil), ambas acionistas da Latam, bem como o fundo de investimentos Oaktree Capital e a Qatar Airwais. Feito isso e com tudo pronto, bastava que a Justiça americana dissesse sim.
O problema é que a corte americana, em decisão proferida pelo juiz James L Garrity Jr, entendeu que o modelo de negócios não era adequado. Sem a anuência dos americanos, o empréstimo foi inviabilizado e, agora, a Latam corre atrás de alternativas.
Latam ainda busca reverter decisão
A Latam afirma que o problema foi o juiz ter entendido que os acionistas estariam se beneficiando do empréstimo, mas a situação por ser contornada. O problema é que o empréstimo era o principal ativo para a recuperação judicial.
Agora, sem que as atividades da empresa voltem ao normal, a companhia precisa buscar a maior quantidade possível de dinheiro, seja onde for, para que não seja preciso encerrar por completo todo o trabalho.
Um empréstimo no BNDS no Brasil volta a ser uma das opções da empresa, agora que a situação dos Estados Unidos terminou mal.