Investidores desconfiam que Brasil seja incapaz de pagar dívidas


O governo federal e os investidores já ligaram o sinal de alerta.

O governo federal e os investidores já ligaram o sinal de alerta. No início de 2020 uma grande quantidade de títulos irá vencer e deverá ser paga pelo país. O problema é que muito pouca gente acredita na capacidade brasileira de solver as dívidas. 

Os motivos são muitos, mas, basicamente, os economistas não acreditam na capacidade brasileira de emitir títulos. Isso porque há uma grande incerteza sobre o ajuste nas contas públicas, as quais estão cada vez mais esfaceladas. 

Uma dívida imensa          

No início de 2021 o Tesouro Nacional terá que dar conta do pagamento de uma dívida governamental de R$ 643 bilhões. Para se ter uma ideia, o valor é mais do que o dobro da média da dívida que foi apurada nos últimos cinco anos. 

Para se ter uma ideia do tamanho do problema, apenas em quatro meses o país deverá quitar 15,4% de toda a dívida interna que possui. Diante desse cenário e de uma recuperação econômica lenta, a desconfiança começou a surgir. 

Governo precisa fazer mais dívidas

O grande problema do governo é que, para pagar a dívida do início de 2021 ele precisará fazer novas dívidas. Os economistas não têm certeza se, no cenário de incerteza atual, o país conseguirá emitir títulos futuros. 

O Banco Central tem inclusive falado em um choque fiscal.

Os motivos da dívida

Dois motivos principais elevaram as dívidas brasileiras: a pandemia e o populismo de Jair Bolsonaro. Com a Covid-19 o país precisou gastar mais com saúde, mas o governo também viu uma brecha para jogar dinheiro no lixo fazendo propaganda de si mesmo.

Da mesma forma, os programas de auxílio estão sendo idealizados de uma forma mais preocupada com a reeleição do que exatamente com quem precisa. Assim, o governo está dando dinheiro para os mais pobres e isentando impostos de empresários. 

No fim, como era de se esperar, a conta não fecha. Diante de tudo isso, quando o governo fala em Choque Fiscal, está provavelmente lembrando ao povo que novos impostos deverão vir, pois o dinheiro não perdoa ninguém.