De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os resultados da inflação para o ano de 2020, especialmente para o mês de outubro, ficou muito acima do que se esperava, ainda mais quando se usa como parâmetro as medições desde 2002.
Quando se leva em conta o que é chamado de acumulado, o índice fica ainda bem maior e assusta os economistas do país.
Até outubro, o acumulado ficou em 3,92%, o que é um índice muito elevado de grande impacto para as compras em estabelecimentos de todos os tipos, em especial os supermercados.
Já considerando apenas os meses que vão até outubro, o IBGE determinou que, até outubro, o índice foi de 0,86%, enquanto a sua última medição ficou em 0,64%. Nota-se que houve um avanço com relação à porcentagem de modo intenso e que pode ser explicado de diversas maneiras, inclusive por causa da ocorrência da pandemia.
Setores da economia são prejudicados de forma diferente por causa da inflação
O fato de a inflação estar muito mais alta acaba fazendo com que alguns dos setores da economia tenham mudanças em seus preços e isso, claro, chega aos consumidores.
Os impactos em questão acontecem de maneira bem diferente, como se vê abaixo:
- Habitação: aumento de 0,36% em alugueis e em vendas de imóveis;
- Vestuário: aumento de 1,11% em custos de todos os tipos de roupas;
- Saúdes e cuidados pessoais: aumento de 0,28% em produtos como shampoos, remédios e outros;
- Educação: curiosamente, a Educação teve uma redução de impacto de 0,04%;
- Alimentação e bebidas: aumento de 1,93% em todo tipo de comida e bebida;
- Artigos de residência: aumento de 1,53% para cortinas, tapetes, itens de cozinha, etc.;
- Transportes: aumento de 1,19% em passagens e em artigos para veículos;
- Despesas pessoais: aumento de 0,19%;
- Comunicação: aumento de 0,21% em serviços dessa natureza.
No entanto, o setor que, em outubro, teve um aumento mais intenso por causa da inflação foi o de passagens aéreas, até mesmo em decorrência da redução de trajetos.