A Confederação Nacional da Industria (CNI) realizou uma sondagem e descobriu que a indústria tem encontrado problemas para entregar seus produtos. 44% das fábricas avaliadas relataram ter problemas para conseguir entregar o que foi pedido.
O grande problema, segundo consta, é a falta de bens intermediários. Sem conseguir alimentar a cadeia de produção industrial, a ponta da linha de consumo já começa a ser atingida. 8% das fábricas disseram que não tem condições de atender à demanda.
Motivos para os atrasos
Quase metade das fábricas (47%) afirmou que a falta de estoque dificulta a entrega de produtos. Outro tanto (41%) disse que também não está conseguindo lidar com a demanda, muito maior que a capacidade de produção.
Ainda foram elencados como problemas graves a impossibilidade de aumentar a produção, problemas de logística e a inadimplência dos consumidores. Assim, muitas das fábricas estão até mesmo recusando novos pedidos.
Economia se recuperou rápido
Ainda que as coisas não tenham voltado ao normal, a verdade é que a retomada econômica foi muito mais rápida do que o esperado. Assim, houve um descompasso muito grande entre a oferta e a procura por insumos. Produtores e fornecedores tinham pouco estoque.
Logo, os preços começaram a subir, dificultando a vida das fábricas. Para piorar a situação, o dólar disparou. Assim, os fornecedores de insumos viram no mercado exterior uma maneira de recuperar as perdas da pandemia.
Assim, há mais produtos e insumos brasileiros atendendo o mercado externo do que o interno. Os preços, aqui, dispararam.
Normalização apenas em 2021
Com a chegada das festas de fim de ano, não se espera que haja uma normalização da situação ainda em 2020. Ainda que o distanciamento social seja regra, o brasileiro tem demonstrado muita vontade de voltar a vida aos mesmos patamares de antes.
O consumismo exagerado que se apresentou no pós-pandemia pode ajudar a indústria a crescer novamente. Os insumos, porém, só devem ter sua disponibilidade normalizada em 2021.
O mundo inteiro está em retomada. O Brasil, no entanto, não tem organização e conta com a moeda mais desvalorizada mundialmente.