Incerteza quanto a economia começa a diminuir


A Fundação Getúlio Vargas costuma publicar dados sobre o índice de incerteza que recai sobre a economia

A Fundação Getúlio Vargas costuma publicar dados sobre o índice de incerteza que recai sobre a economia. A prévia do indicador para o mês de setembro está uma queda de 6,1 pontos no indicador, que deve chegar a 154,2 pontos. Não é muito, mas é bom.

Em agosto o índice também havia apresentado uma baixa, mas menor do que a projetada para este ano. O resultado da nova prévia demonstra que está em evolução o processo de confiança na recuperação econômica do país, diante da pandemia. 

Retomada econômica em curso

Um dos fatores que contribuem para a expectativa positiva com relação a economia é a volta gradual das atividades econômicas. Ainda que a pandemia do novo coronavírus ainda não esteja controlada, empresas e comércios estão reabrindo as portas.

Entretanto, ainda pode se um problema para esta expectativa a incerteza que paira sobre os rumos da pandemia. Além disso, a atuação pouco confiável do governo federal na condução da crise e o aumento de gastos da União também preocupam.

Falta muito para melhorar

Ainda que os números sejam favoráveis, percebe-se que ainda há um longo caminho até a recuperação total, nos níveis pré-pandemia. A covid-19 varreu economias no mundo inteiro e no Brasil, com queda do PIB de quase 10%, não foi diferente.

Para recuperar os níveis de março, o índice ainda precisa recuar 39 pontos. Ou seja, há muito trabalho a ser feito e a ideia é que pode até haver recuperação, mas ela demandará muito esforço, de todas as partes envolvidas, e precisará de tempo.

Empresários e governo

Se a atuação dos empresários e comerciantes vai ser determinante para a retomada econômica, da mesma forma, a atuação do Governo Federal pode ser o fiel da balança entre uma economia ascendente ou decadente. 

Nos últimos dias o ministério das relações exteriores liberou a importação do etanol americano. Ao mesmo tempo, o dólar continua em valores exorbitantes, encarecendo grande parte dos produtos brasileiros.

Por fim, o corte de 50% no auxílio emergencial já assustou, mas o fim, previsto para dezembro, pode trazer mais problemas.