Inadimplência cresce em meio à pandemia


Falta de emprego tem aumentando pagamento em atrasos.

Uma pesquisa realizada nos últimos dias apontou que, hoje, 61,98% dos brasileiros não estão com as contas em dia. Isso quer dizer que para a maioria da população, estar com contas atrasadas se tornou algo normal, mas isso não deve se tornar um hábito. 

Ao contrário do que se poderia imaginar, não foram o desemprego ou as questões de saúde que levaram a essa situação. O descontrole financeiro foi apontado pela maioria das pessoas como motivo principal para o endividamento. 

Coronavírus

A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio a renda da população brasileira. Milhares de pessoas perderam seus empregos e, quem ainda tem um trabalho, precisou enfrentar cortes de salários, aumento dos preços em supermercados e outras coisas.

A pesquisa realizada pela empresa de cobrança Deep Center, entretanto, aponta que as pessoas estão cientes de que esse não foi o grande motivo do endividamento. Para a maioria dos entrevistados, o descontrole financeiro foi o fato desencadeador. 

Desemprego

O desemprego, por mais incrível que pareça, ocupou apenas a segunda posição entre os motivos apontados pelas pessoas como causa de endividamento. 

Ainda, desde o período que iniciou a pandemia, a pesquisa indicou que houve um aumento de 17% no pagamento de dívidas. 

Outros fatores contribuíram

Além do descontrole financeiro e do desemprego, toda a conjuntura econômica contribuiu para a queda dos pagamentos. 

O aguardo de recursos financeiros caiu cerca de 18%, enquanto que o atraso de salários foi responsável por 4,34% do endividamento pessoal. Além disso, cerca de 16,52% da população se endividou ao tentar resolver a situação de terceiros.

Doenças não foram preponderantes

Ainda que a pandemia do novo coronavírus pudesse indicar que os gastos para tratamento de saúde poderiam ser o carro-chefe do endividamento das famílias, o que se viu foi exatamente o contrário.

No período compreendido, houve diminuição daqueles que disseram ter tido a vida financeira complicada por doenças. 

Planejamento

Ainda que a crise seja grande, o planejamento continua sendo a melhor opção contra o endividamento. Fazer planilhas, programar pagamentos a longo prazo e gastar com consciência ajudam a evitar o endividamento.