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Guedes diz que reforma administrativa vai economizar R$ 10 bilhões em 10 anos

O Ministério da Economia continua sua busca pela aprovação da reforma administrativa. A última declaração dada por Paulo Guedes foi a de que, com a aprovação da reforma, haveria uma economia que poderia chegar à R$ 10 bilhões no período de 10 anos.

O mandatário da economia do governo defende que a reforma seja efetivada ainda no ano de 2020. Segundo ele, os R$ 800 bilhões economizados com a reforma da previdência, mais a reforma administrativa, ajudariam o país a voltar aos trilhos. 

Reforma administrativa

A proposta do Ministério da Economia prevê, entre outras coisas, o fim da estabilidade para os novos servidores públicos, bem como a perda de várias vantagens que os servidores tem, como adicional por tempo de serviço.

O problema da reforma, entretanto, é que ela atinge apenas os servidores de baixo escalão, principalmente aqueles que ganham de um a dois salários mínimos, que perdem assim o pouco de atrativo que havia na função pública.

Pior ainda, militares, juízes, promotores de justiça e políticos, que são os mais bem pagos de todo o funcionalismo público, ficam de fora da reforma e continuam com seus rendimentos intocados. 

O problema da estabilidade

A justificativa pra o fim da estabilidade do servidor público é de que, muitas vezes, o fato de ser estável tem reflexos e causa uma falta de produtividade do servidor. O problema é que, sem essa estabilidade, o servidor ficará a mercê do político eleito da vez.

Jair Bolsonaro, por exemplo, já demitiu um servidor do Ibama que o multou, quando ele realizava pesca ilegal em uma área de preservação. Nas últimas semanas foi comum ver funcionários públicos que fiscalizavam o uso de máscaras sendo hostilizados. 

Fica difícil imaginar que o servidor conseguirá realizar seu trabalho de forma eficaz se ficar a mercê de pessoas influentes que peçam sua cabeça. 

FGTS

Por fim, os servidores dizem que os benefícios que têm são uma compensação, já que eles não possuem FGTS. Agora, também sem benefícios, o serviço público se torna uma subclasse de emprego transitório. 

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