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Guedes agora diz que reforma administrativa economizará R$450 bilhões

Na prática, isso é uma oportunidade para que pressões políticas e chantagens sejam feitas com servidores de carreira, assim como acontece com aqueles nomeados livremente. O governo federal, por meio do ministro da economia, mudou mais uma vez a meta da economia com a reforma administrativa. Agora, segundo Guedes, no lugar de economizar R$ 300 bilhões, o país terá um desafogo de R$ 450 bilhões em seus cofres. 

Segundo Paulo Guedes, a estimativa de economia subiu porque o governo, hoje, tem uma taxa de reposição de servidores em 26%. Antes a taxa de reposição era de 70% e, então, isso justificaria uma economia ainda menor. 

O sucateamento público

Os números de Guedes demonstram a situação de calamidade que os órgãos públicos estão sofrendo. Com uma taxa de reposição de 26%, equivale dizer que a cada 4 servidores aposentados, apenas 1 é contratado para reposição.

Quem viu o Pantanal queimando, sem que o Ibama tivesse funcionários suficientes para combater o incêndio, ou espera na fila do INSS há meses, porque falta pessoal, já entendeu que a ideia é que os serviços piorem cada vez mais. 

Novos e velhos servidores

A proposta enviada pelo governo federal ao Congresso aponta que as novas regras da reforma administrativa devem se aplicar aos novos servidores. Assim, aqueles que foram contratados pelas regras antigas não seriam atingidos. 

Ocorre que, por trás das cortinas, o governo quer mesmo é que todos sejam incluídos. Por isso, os parlamentares governistas atuam para que essa alteração seja feita na câmara, deixando o prejuízo político para senadores e deputados. 

Meritocracia às avessas

Atualmente, para se tornar funcionário público é preciso passar por um concurso de provas, concorrendo com milhares de outros candidatos. Depois disso, o servidor é avaliado por 3 anos seguidos, podendo ser demitido se não atender às expectativas. 

Agora, o governo pretende alterar o prazo de três anos, podendo chegar a seis ou sete anos até alcançar a estabilidade. O governo diz que, assim, poderá exigir mais dos servidores e fazer com que apenas os melhores fiquem no serviço público.

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