Ícone do site Jornal de Finanças

Governo sucateia Petrobrás e importação de derivados do Petróleo cresce

BRA05. IPOJUCA (BRASIL), 30/05/2011.- Vista de la planta de la refineria de petróleo Abreu e Lima, de la petrolera Petrobras hoy, lunes 30 de mayo de 2011, en el complejo del puerto de Suape, en el estado de Pernambuco (Brasil). La petrolera Petrobras tiene condiciones para asumir individualmente la refinería que construye como parte de una asociación con PDVSA en el noreste de Brasil, en caso de que la empresa venezolana desista del proyecto, afirmaron hoy fuentes de la compañía. EFE/Marcelo Sayão

Não muito tempo atrás o brasileiro ouvia que o Brasil, finalmente, seria autossuficiente em petróleo. O tempo passou e a extração do combustível no pré-sal só tem crescido. O problema é que o Brasil usa cada vez menos as suas refinarias. 

Assim, no lugar de utilizar a estrutura existente para refinar petróleo e conseguir gasolina e óleo diesel, o Brasil tem preferido importar, pagando em dólar. Os dados são da petrolífera British Petroleum (BP) e apontam para uma tendência mundial. 

Produção da Petrobrás despencou

Segundo o estudo, o que está acontecendo tem relação com uma alta queda do consumo dos derivados do petróleo nos últimos cinco anos. Também contribui para a situação o fato de empresas estrangeiras estarem tomando o lugar que antes era da Petrobrás. 

Nas refinarias estatais a produção encolheu 16% entre os anos de 2014 e 2019. Se antes eram produzidos 2 milhões de barris por dia, agora a produção é de 1,75 milhão. Para compensar isso, a importação aumentou 9% no mesmo período. 

Assim, o Brasil tem deixado que sua maior empresa estatal fique cada vez menos importante. Ainda que a Petrobrás dê lucro todos os anos, ao que parece, interessa mais ao governo contar com a importação e beneficiar empresas estrangeiras. 

Número de importadoras cresce

Com o Brasil seguindo firme em direção à venda de suas estatais, o número de empresas autorizadas a importar derivados do petróleo aumentou 30% entre 2015 e 2017. A grande maioria delas não é nacional e contribui pouco para a economia brasileira. 

A Petrobrás decidiu, por motivos políticos, equiparar seus preços cobrados no mercado externo. A empresa pública, então, praticamente perdeu sua razão de existir, já que tem cobrado tão caro quanto os concorrentes e pouco ajudado o povo brasileiro. 

O problema, entretanto, é que o valor do dólar não para de subir. Caso seja necessária uma intervenção da Petrobrás, em um momento de crise, dificilmente a empresa terá capacidade para tanto. 

A empresa, que já foi uma das maiores do mundo, caminha lentamente para um fim melancólico e irreversível. 

Sair da versão mobile