Governo sucateia Petrobrás e importação de derivados do Petróleo cresce


Não muito tempo atrás o brasileiro ouvia que o Brasil, finalmente, seria autossuficiente em petróleo.

Não muito tempo atrás o brasileiro ouvia que o Brasil, finalmente, seria autossuficiente em petróleo. O tempo passou e a extração do combustível no pré-sal só tem crescido. O problema é que o Brasil usa cada vez menos as suas refinarias. 

Assim, no lugar de utilizar a estrutura existente para refinar petróleo e conseguir gasolina e óleo diesel, o Brasil tem preferido importar, pagando em dólar. Os dados são da petrolífera British Petroleum (BP) e apontam para uma tendência mundial. 

Produção da Petrobrás despencou

Segundo o estudo, o que está acontecendo tem relação com uma alta queda do consumo dos derivados do petróleo nos últimos cinco anos. Também contribui para a situação o fato de empresas estrangeiras estarem tomando o lugar que antes era da Petrobrás. 

Nas refinarias estatais a produção encolheu 16% entre os anos de 2014 e 2019. Se antes eram produzidos 2 milhões de barris por dia, agora a produção é de 1,75 milhão. Para compensar isso, a importação aumentou 9% no mesmo período. 

Assim, o Brasil tem deixado que sua maior empresa estatal fique cada vez menos importante. Ainda que a Petrobrás dê lucro todos os anos, ao que parece, interessa mais ao governo contar com a importação e beneficiar empresas estrangeiras. 

Número de importadoras cresce

Com o Brasil seguindo firme em direção à venda de suas estatais, o número de empresas autorizadas a importar derivados do petróleo aumentou 30% entre 2015 e 2017. A grande maioria delas não é nacional e contribui pouco para a economia brasileira. 

A Petrobrás decidiu, por motivos políticos, equiparar seus preços cobrados no mercado externo. A empresa pública, então, praticamente perdeu sua razão de existir, já que tem cobrado tão caro quanto os concorrentes e pouco ajudado o povo brasileiro. 

O problema, entretanto, é que o valor do dólar não para de subir. Caso seja necessária uma intervenção da Petrobrás, em um momento de crise, dificilmente a empresa terá capacidade para tanto. 

A empresa, que já foi uma das maiores do mundo, caminha lentamente para um fim melancólico e irreversível.