O Estado de São Paulo pode privatizar a empresa de geração de energia Emae. Isso porque o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização do Estado de São Paulo entendeu por bem recomendar ao Governador João Dória que a ação fosse tomada.
Segundo comunicado publicado nessa terça-feira (28), a companhia informa que o conselho recomendou ao governo que inicie os trâmites ara a privatização.
Para que isso ocorra, é necessário que João Dória autorize a Secretaria da Fazenda e Planejamento a contratar estudos adequados, buscando viabilizar a alienação da ações que o governo detém da Emae.
Diminuição de gastos e arrecadação
O estado de São Paulo, conhecido por ser o mais risco do país, sofreu impactos da mesma monta com a pandemia da covid-19. Por isso mesmo, o governo tem buscado alternativas para voltar a manter dinheiro em caixa, bem como diminuir as dívidas.
A Emae é uma empresa que atua com ativos de hidrelétricas. Entre as administradas atualmente estão a Henry Borden, na serra do mar, e uma pequena usina em Pirapora do Bom Jesus.
Além disso, a Emae possui uma termelétrica que atualmente está arrendada para a Petrobras.
O que o Estado perde?
Com a alienação das ações da Emae, o governo perde uma companhia que tem 960 megawatts de capacidade. Além disso, somente em 2019 a empresa contou com uma receita operacional liquida de R$ 439 milhões.
O lucro líquido da empresa foi de R$92,6 milhões.
O que o Estado ganha?
A Emae é uma companhia pública cujas ações estão divididas entre a Fazenda do Estado de São Paulo (39%) e a Eletrobras (39%). O governo de São Paulo, no entanto, detém 97,6% das ações com direito a voto.
A privatização da companhia, então, seria uma forma de o governo do estado conseguir muito dinheiro de uma forma mais rápida.
Por que vender uma empresa que dá lucro?
A dúvida que permanece é o porque de o Estado querer se livrar de uma empresa que teve R$92,6 milhões de lucro líquido. Ainda que sob uma administração liberal, o momento parece inadequado.