Os futuros dos índices acionários em Wall Street caem nesta quinta-feira (20) em antecipação aos números semanais de pedidos por benefícios de desemprego, após as minutas do Federal Reserve, o BC americano, sinalizar cautela ontem.
O banco central dos EUA vê uma árdua recuperação para a maior economia do planeta após a pandemia do coronavírus.
O S&P 500 e o Nasdaq devolveram ganhos recordes batidos na quarta-feira (19) após a divulgação das atas da última reunião do Fed em julho, com a autoridade monetária indicando que a recuperação do mercado de trabalho pode ter desacelerado.
O Fed irá se ater à política que tem seguido por mais tempo, isto é, estímulos financeiros agressivos a juros zerados. O mercado está começando a duvidar sobre a eficácia de apenas essas medidas, especulando possível controle da curva de juros.
Desemprego nos EUA
Divulgados às 9:30 (horário de Brasília), o número de pedidos por auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu em mais de um milhão (1,106) na semana passada, superando as expectativas por um aumento de 925 mil.
Pedidos contínuos caíram a 14,844 milhões, ante expectativa de queda a 15 milhões.
Apesar de sinais claros de que grandes partes da economia ainda não se recuperaram a níveis pré-pandemia, o S&P 500 completou sua recuperação mais alta de um mercado baixista na história.
O índice se junta ao Nasdaq na superação de topos dos registros históricos.
O Dow ainda fica 6% atrás de seu topo de fevereiro, contudo.
Bola da vez?
A forte recuperação das ações pode ser explicada por estímulos fiscais e monetários inéditos vindos do Fed, além de um crescimento destacado das gigantes companhias de tecnologia, as principais beneficiárias da companhia.
Ganha destaque nesta quinta-feira (20) as ações da empresa de tecnologia NVIDIA, que, apesar de divulgar resultados de vendas recorde nos últimos 3 meses, observa queda de 1% na cotação de suas ações.
Acredita-se que o motivo da queda seja a percepção do mercado acerca da demanda em videogames e serviços remotos, em queda devido às condições econômicas desfavoráveis.