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FGV aponta que economia do Brasil voltou a crescer em julho

Segundo dados do Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas, divulgados nesta quarta-feira (16), a economia brasileira teve um resultado positivo de 2,4% em julho, em comparação com o mês anterior, junho. 

Apesar de positivo de um mês para o outro, é bom ressaltar que, em comparação ao mesmo período do ano de 2019, houve uma queda na atividade econômica de 6,1%. Os dados demonstram os impactos da pandemia na economia brasileira. 

Avaliação trimestral

Considerada a avaliação nos últimos três meses, considerando abril como o pior momento enfrentado pela economia, houve uma queda de 4% com relação ao trimestre anterior. Com relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 8,9%.

Ainda que os dados sejam no geral negativos, a comparação com o mês anterior faz esperar que o pior já tenha efetivamente passado e que, agora, a economia brasileira possa começar a sua caminhada de recuperação, ainda que gradualmente. 

Incerteza preocupa

Ainda que os últimos números sejam animadores, a incerteza causada pela pandemia do novo coronavírus ainda preocupa. Investidores estão receosos em colocar seu dinheiro, sem saber como a pandemia irá se comportar nos próximos meses.

Além disso, o fato de não haver nenhuma vacina com indícios claros de que funcione, faz com que os investidores se tornem ainda mais conservadores. Para o próximo ano, a expectativa é de um crescimento baixo, ainda que constante. 

Outros resultados

A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas também avaliou outros pontos e, dentre eles, houve destaque para a diminuição do consumo das famílias, que caiu 10,1% e para a retração significativa do no consumo de serviços (12,5%). 

Da mesma forma, os investimentos caíram 7,8% na formação bruta de capital fixo e houve uma queda de 18,1% no setor de máquinas e equipamentos. 

Quem puxou o salto positivo foram as exportações, que cresceram 4,9%, ante a demanda de países da Europa e EUA. Enquanto isso, com o dólar nas alturas, a importação caiu 20%.

Os números demonstram que o Brasil começa a se recuperar, mas que a economia ainda irá sofrer. 

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