Ao passo que cresce a possibilidade de uma acordo entre Democratas e Republicanos sobre um novo pacote de estímulo econômico nos EUA, os investidores esperar as minutas da reunião do Fed.
Os documentos serão esquadrinhados em busca de sinais de que mais estímulos ao mercado estão a caminho.
Hora da minuta
As minutas terão uma importância destacada na sessão desta quarta-feira (19) pois, apesar dos avanços nas negociações no Congresso americano sobre mais estímulos, as conversas estão praticamente travadas.
Assim, programadas para divulgação às 15:00, horário de Brasília, as minutas irão receber mais atenção do que o usual.
A maior parte dos indicadores econômicos de curto prazo demonstram um achatamento da recuperação econômica desde a última reunião.
Por conta disso, a atenção dos participantes do mercado estará aguçada para divisar indicações na linguagem do Fed acerca do que seria preciso para que mais estímulos chegassem ao mercado.
Analistas sugerem que qualquer indicação de que o Fed considera controle da curva de juros irá apontar para o fato de que o BC americano prepara novas intervenções no mercado.
Ademais, há bastante especulação sobre possível mudança na política econômica do Fed, que pode mudar a estratégia para buscar uma meta de inflação mediana por vários anos, comprometendo o banco central a mais ação no mercado para garantir a recuperação da pandemia.
Dólar reage
Nesta quarta-feira (19), especulações nesse sentido pesaram sobre o Índice Dólar (IDX), que mede a força da moeda ante outros 6 pares de moedas de economias desenvolvidas.
O sentimento impediu maiores avanços do índice, que sobe apenas 0,36% em relação ao fundo de mais de dois anos registrado ontem.
Em Brasil, o dólar registra aumento de 0,39% ante o real, depois de abrir em queda de 0,3%.
Pesam sobre o dólar um tom de instabilidade nos mercados internacionais, com forte impacto da possibilidade de uma segunda onda de infecções de Covid-19 na Ásia e na Europa.
Em 2020, a moeda americana se valorizou mais de 30% frente ao real. No albor do ano, o dólar era cotado a R$ 4,00.