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Ex-secretário do Ministério da Economia defende fim de privilégios

Paulo Uebel foi Secretário Especial de Desburocratização do Ministério da Economia, sob o comando de Paulo Guedes. Coube a ele elaborar as medidas que compõe a espinha dorsal do projeto atual de reforma administrativa. 

Ele defende que o Congresso Nacional aprove uma regra de transição e, ainda, aprove regras para combater privilégios de servidores que já estão trabalhando atualmente, e não apenas para aqueles que venham a ingressar no serviço público. 

Uebel deixou o governo pela demora da reforma

Paulo Uebel deixou de fazer parte da equipe econômica do Governo Federal por entender que a reforma administrativa estava demorando demais para ser enviada ao Congresso. Por decisão de Bolsonaro, os servidores atuais foram excluídos da proposta. 

Segundo Uebel, a proposta enviada pelo governo ao congresso é muito branda e, por isso, cabe aos parlamentares aumentarem os cortes de direitos dos servidores. 

Salários

Um dos pontos mais defendidos por Uebel é o fato de, na reforma, haver a previsão de que os salários dos servidores públicos devem respeitar aqueles pagos pela iniciativa privada para as mesmas funções. 

Além disso, os salários terão de ter uma certa simetria entre União, Estados e Municípios, não podendo haver uma diferença muito grande os valores pagos em cada ente federativo por serviços semelhantes. 

Ataque aos servidores atuais

Segundo Uebel, o congresso deveria fazer emendas e possibilitar que os cortes de direitos previstos na reforma administrativa atinjam também os servidores públicos que estão na ativa atualmente. 

Segundo ele, isso faria com que o impacto da reforma fosse muito maior. 

Uma reforma que ataca quem ganha pouco

Ainda que defenda a reforma, dizendo que isso beneficiará a todos, Uebel parece esquecer que foi ele mesmo quem deixou de fora da reforma juízes, promotores, defensores públicos, militares e aqueles contratados em comissão.

Essas categorias são as que têm mais privilégios em todo o serviço público. 

Na prática, a reforma administrativa existente hoje atingirá o lixeiro, os serviços gerais, a merendeira e aqueles trabalhadores que ganham pouco. A reforma administrativa não corta privilégios, mas na verdade retira direitos dos trabalhadores. 

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