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EUA e China reafirmam pelo telefone compromisso com a Fase 1 do acordo comercial

Os principais responsáveis comerciais dos EUA e da China reafirmaram o seu compromisso com um acordo comercial de Fase 1, que viu a China atrasar-se nas suas obrigações de comprar bens americanos. 

O movimento deu um impulso aos mercados financeiros na terça-feira.

A promessa foi feita numa chamada telefônica entre o Representante Comercial dos EUA Robert Lighthizer, o Secretário do Tesouro dos EUA Steven Mnuchin e o Vice-Primeiro Ministro chinês Liu He. 

Call me maybe

É o seu primeiro diálogo formal desde o início de maio. Pendia a preocupação de que o acordo pudesse estar em terreno instável devido ao agravamento das relações EUA-China.

“Ambos os lados veem progressos e estão empenhados em tomar as medidas necessárias para assegurar o sucesso do acordo”, disse o gabinete do Representante Comercial dos EUA (USTR). 

A declaração se deu após o que foi descrito como uma “chamada regularmente agendada”.

A chamada era inicialmente esperada em 15 de agosto, seis meses após a celebração do acordo comercial.

Mas o Presidente Donald Trump, que expressou frequentemente a sua raiva contra a China por causa da nova pandemia de coronavírus, disse na semana passada que tinha adiado as conversações com a China. 

O mandatário se justificou alegando que “não quero lidar com eles agora”.

Relação estremecida

Washington e Pequim trocaram sanções e farpas sobre uma lista crescente de questões, incluindo uma nova lei de segurança nacional imposta a Hong Kong e as disputadas reivindicações territoriais chinesas no Mar do Sul da China. 

Está também no centro das controvérsias o coronavírus e as acusações dos EUA de ameaças à segurança nacional colocadas por empresas tecnológicas chinesas.

O Ministério do Comércio chinês confirmou que as duas partes tiveram um “diálogo construtivo” e concordaram em continuar a impulsionar a implementação do acordo comercial da Fase 1.

O USTR afirmou que “abordaram as medidas que a China tomou para efetuar mudanças estruturais” em questões variadas.

Discute-se a proteção dos direitos de propriedade intelectual, a remoção de obstáculos para as empresas americanas nos setores de serviços financeiros e agricultura e a eliminação das transferências forçadas de tecnologia, entre outras. 

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