De acordo com o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, não há agendamento de novas conversas sobre comércio entre funcionários de alto escalão dos Estados Unidos e da China para as próximas semanas.
Apesar de os lados não estarem buscando avançar nos tratos diplomáticos, funcionários de baixo escalão se mantém em contato para implementar a Fase 1 do acordo, celebrada no início do ano.
O próprio presidente Donald Trump declarou uma prorrogação numa revisão do acordo programada para 15 de agosto, em virtude da frustração com a forma como Pequim lidou com a pandemia de coronavírus.
Não tô afim
“Eu prorroguei conversas com a China. Quer saber por quê? Eu não quero lidar com eles agora”, disse Trump durante uma conversa acerca da construção de um muro na fronteira mexicana.
“O que a China fez com o mundo não eram nem pensável. Eles poderiam ter parado [o vírus]”, acrescentou.
Meadows esclareceu que a revisão do acordo, determinada como obrigatória no acordo comercial, não foi reagendada.
“Não há conversas reagendadas… neste momento”, declarou o chefe de gabinete.
Contudo, o Representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, permanece em contato normal com sua contraparte na China para que os EUA cumpram com os seus compromissos.
“O embaixador Lighthizer continua discutindo com suas contrapartes chinesas acerca das compras e sobre cumprir com o acordado”, completou.
Perguntado sobre um eventual abandono do acordo comercial firmado com a China, Trump adotou um tom sem compromissos.
“Vamos ver o que acontece”, afirmou.
Reconciliação
Em visitas aos Estados de Arizona e Iowa nesta terça-feira (18), Trump demonstrou frustração com a forma como a China lidou com a crise sanitária e sua falha em conter a doença.
Por outro lado, o mandatário celebrou Pequim pelos níveis recordes de compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos.
Contudo, o ritmo de compras de produtos agrícolas e manufaturados, além de energia e serviços, ainda está bem abaixo para atingir a meta para este ano de aumento de US$ 77 bilhões em comparação com os níveis de 2017.
Mesmo assim, a China tem aumentado as compras, ao passo que reabre a sua economia.