Onze representantes de estados brasileiros participaram de uma conferência sobre infraestrutura, PPPs e concessões nessa segunda-feira (30). Os governadores apostam em concessões e privatizações para tentar vencer a crise que se instalou no país.
A ideia dos governadores é retornar ao nível econômico que existia antes da pandemia. Para isso, rodovias, aeroportos, serviços de saneamento, concessões florestais, de ginásios de esportes e parques nacionais estão na mira.
Iniciativa privada ganha importância
Após um ano em que os gastos públicos explodiram, os estados, mais do que nunca, buscam investimentos por parte da iniciativa privada. Sem capacidade de investir por si mesmo, o governo achou nos empresários uma forma de se manter ativo.
Segundo Romeu Zema, de Minas Gerais, a privatização continua sendo pauta de seu governo. Segundo ele, ainda que a população seja contra, somente com o aporte financeiro de investidores o estado conseguirá fazer novos investimentos.
Segundo Zema, empresas como a Copasa, Cemig e Gasmig não tem capacidade para investir em expansão se não contarem com aportes de terceiros. Ele afirmou, ainda, que seis lotes de rodovias estão prontos para serem concedidos.
São Paulo no rumo das PPPS
Já o estado de São Paulo foi representado no encontro pelo vice-governador Rodrigo Garcia. Segundo ele, o estado tem tradição com PPPs e conta hoje com uma robusta carteira de projetos.
Entre os destaques para os próximos meses estão as linhas 8 e 9 da CPTM, a linha Caminhos do Mar, uma área que fica dentro do Parque Estadual Serra do Mar e que conta com um gigantesco patrimônio ambiental.
Outros estados aderiram
Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul também aderiram a onda. A ideia, ao que parece, é fazer o possível para tirar das mãos do estado o controle sobre a maioria das empresas. Aos poucos, o governo vai deixando de ser protagonista.
Sem participação no controle das empresas, o estado perde cada vez mais capacidade de intervenção. Ótimo para os empresários, a situação pode se complicar, vez que o estado passa a encontrar dificuldades para regulamentar certas condutas.