A pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil em março e já matou mais de 150 mil pessoas. Para alguns, no entanto, o certo seria ter pensado na economia e na manutenção de empregos. Pensando nisso, uma inauguração de uma loja deixou claro o problema.
Luciano Hang, um ferrenho apoiador de Jair Bolsonaro, sempre foi contra qualquer regra para impedir a disseminação do vírus. Nesse sábado (10) viralizou a inauguração de uma de suas lojas no Pará.
Nas imagens é possível ver um mar de gente, muitos sem máscara, se aglomerando na entrada e nas escadas da Havan. A Polícia Civil precisou ser chamada, interditou e fechou o estabelecimento e levou os gerentes para a delegacia.
Lá, os gerentes precisaram explicar o porquê de a empresa não seguir as regras de saúde e distanciamento social.
Economia x Saúde
Desde o começo da pandemia, muita gente defendia que a existência de uma falsa dicotomia entre saúde e economia. Obviamente, os empresários defendiam a economia, enquanto que os trabalhadores tinham medo da morte.
Mesmo depois de 150 mil mortos, aparentemente, a ideia de que a economia e os lucros não podem parar, continua. O Ministério Público precisou processar e fechar lojas da Havan em diversos lugares do país durante a pandemia.
Isso porque a empresa colocou algumas gôndolas com produtos essenciais como arroz e açúcar em suas lojas e tentou reabrir, no auge da pandemia, afirmando que se tratava de um supermercado.
Retomada precisa de segurança
Países como França e Inglaterra, muito mais organizados que o Brasil, estão enfrentando dificuldades para uma retomada segura. Logo depois que os comércios reabriram, uma nova onda de contaminações ocorreu e há risco de lock down.
No Brasil, a reabertura tem pouquíssima organização. É óbvio que falta uma liderança em um país que tem um ministro da saúde que não sabe o que é o SUS. Porém, a população também não tem colaborado.
Não é incomum que imagens de festas e aglomerações caiam nas redes. Festas de jovens ou reuniões familiares, o risco é o mesmo.