Economia começa a reagir e a busca por empregos cresce


O relaxamento da quarentena tem feito com que muitas empresas voltem a crescer. Com isso, tem aumentado também o número de pessoas que procuram por uma vaga de emprego. Os números indicam que a volta é grande. 

Se em agosto deste ano o número de pessoas que procurada emprego era de 827,5 mil, agora, em setembro, ele saltou para 1,7 milhão. Os números tendem a influenciar no número total de desempregados no país. 

Pandemia e o mar de desempregados

Com a chegada da pandemia do coronavírus ao Brasil, no mês de março, houve um aumento expressivo do número de desempregados. Inicialmente tentou-se contornar a situação, mas com o passar do tempo, a demissão virou realidade para muitos. 

No período que se seguiu, o recebimento do FGTS, do seguro-desemprego e, eventualmente, dos auxílios emergenciais, fez com que essas pessoas não procurassem emprego de forma imediata. 

Agora, no entanto, com essas fontes de renda minguando, o retorno à busca por uma atividade remunerada tende a crescer.

Atualmente o país conta com quase 14 milhões de desempregados. Isso considerando que o IBGE só leva em consideração as pessoas que estão, efetivamente, procurando emprego. 

Indústria e comércio puxam oferta de vagas

Agora que as atividades começam a voltar ao normal, a tendência é que o número de vagas abertas também aumente. A verdade é que muitos locais precisaram permanecer fechados por alguns meses e, agora, voltam às atividades.

Nesse cenário, ganham destaque os setores da indústria e do comércio. A indústria porque a parada fez com que faltassem diversos produtos no mercado. Já o comércio, porque, com o longo período fechado, as necessidades da população se acumularam. 

Salários caem para os de menor escolaridade

Para a volta, entretanto, os trabalhadores precisarão enfrentar um novo desafio. Os salários, agora, podem estar menores do que antes da pandemia. Isso, principalmente, para aqueles que tem menos escolaridade. 

Panfleteiros, babás, floricultores, operadores de xerox, gerentes de fast food e taxistas podem ver seus salários diminuírem até 8%. Muito disso se deve a disputa acirrada por todas as vagas.