O Brasil enfrenta a crise causada pelo coronavírus, desde muito cedo, com poucos planos. Se na questão da saúde um ministro que não sabia o que era o SUS tem mostrado sua ineficiência, na economia, Paulo Guedes não tem se saído muito melhor.
As coisas pioram com a estagnação econômica causada pela pandemia. Some-se a isso a fuga de capital estrangeiro, com investidores preocupados com o país. Agora, o aumento da dívida pública e também a volta da inflação.
Nesse cenário desolador, o governo, meio perdido, pensa em romper o teto de gastos ou dar calote nos precatórios. A tempestade perfeita está formada na economia, e os estragos podem ser desastrosos.
Governo sempre disse que as coisas melhorariam
Bolsonaro e Paulo Guedes sempre alardearam que a economia brasileira resistiria e voltaria com mais força. Primeiro defenderam que isso aconteceria em agosto, depois em setembro, agora, não se sabe mais quando será a data limite para a nova promessa.
A verdade é que o Brasil não pareceu levar a sério o problema econômico que a pandemia poderia causar. Logo no início, Bolsonaro desviou doações para combater o coronavírus para instituições, mais precisamente igreja, ligadas à sua esposa.
Depois, gastou muito dinheiro com publicidade, tentando recuperar a popularidade.
Faltou alguém para sentar e pensar nos problemas econômicos reais.
Guedes na berlinda
Sérgio Moro e Paulo Guedes sempre foram os pilares de Bolsonaro. Moro não resistiu as pressões do chefe, que queria o controle da Polícia Federal para beneficiar os filhos, e deixou o cargo.
Já Guedes, apesar dos pesares, ainda segue no governo. No entanto, sua equipe inicial praticamente já não existe mais. Além disso, ele, que é de viés liberal, está sendo obrigado a procurar alternativas para pagar um polpudo programa social, o Renda Cidadã.
Brasil sob risco
Se a economia não volta a girar, o povo precisa de programas sociais. Se pagar para todos, o governo estoura o teto de gastos.
Nesse cenário, e com nenhum indicador a favor, Paulo Guedes precisa tentar encontrar uma solução. No entanto, o governo continua a bater cabeças.