Com a pandemia do novo coronavírus, economias que não estavam sólidas praticamente derreteram. Para países como os EUA, com fortes bases e com uma economia forte, a chance foi de ver sua moeda valorizada sobre a dos outros países.
O dólar cresceu em comparação com praticamente todas as outras moedas do mundo. No caso do Brasil, a moeda americana chegou a se aproximar dos R$6,00, mas foi controlada pelo próprio mercado, com muito pouco sendo feito pelo governo federal.
Dados do Banco Central
O relatório Focus, que é elaborado pelo Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (14) aponta para uma manutenção do câmbio alto, com o valor do dólar variando entre R$5,25 e R$5,20.
Para o ano de 2021 não há muita expectativa de melhora. A projeção é de que a moeda americana continue forte, com valor de R$5,00.
Demais dados
O relatório ainda apontou que o Brasil tem um longo caminho de recuperação a percorrer, que passará por uma queda no PIB de cerca de 5% e uma inflação de 1,9%.
Apesar de os números serem ruins, as avaliações feitas pelos órgãos exteriores são ainda piores. Somente o Fundo Monetário internacional acredita que o PIB brasileiro deve cair cerca de 9% no ano de 2020.
Efeitos do dólar
Ainda que alguns economistas defendam o câmbio alto, a verdade é que o valor do dólar tão elevado tem atingido em cheio o consumidor. Isso porque a moeda americana é adotada para transações internacionais, logo, encarece importações.
Além disso, para os exportadores, poder vender e receber em dólar em um momento de crise é um grande negócio. Entretanto, falta produto para o consumidor interno, que tem de ser importado, em dólar, o que causa um aumento de preços gritante.
O aumento já atingiu os materiais de construção e itens básicos como o arroz e o óleo. A tendência para os próximos meses é de que suba também o preço das roupas.
Incerteza
O que os economistas dizem é que o grau de incerteza que paira sobre o país só desaparecerá quando for descoberta uma vacina para a covid-19.