Ícone do site Jornal de Finanças

Desemprego no Brasil cresce e tende a continuar aumentando

Os dados sobre o desemprego no mês de agosto não chegaram a surpreender, mas nem por isso deixaram de preocupar. Ao todo, o número de desempregados chegou a 12,9 milhões de pessoas. O número é 2,8 milhões superior ao de maio.

Antes da pandemia do novo coronavírus as coisas já não andavam bem no Brasil e havia 10,1 milhões de pessoas que procuravam trabalho e não encontravam. Agora, o número subiu significativamente e não há perspectiva de melhora em curto prazo. 

Números devem subir

A volta gradual da atividade econômica, por mais estranho que possa parecer, deve fazer com que esses números aumentem ainda mais. Isso porque o governo federal adota a técnica de considerar desempregados apenas aqueles que estão procurando emprego. 

Ou seja, se uma pessoa não tem ocupação, mas ela declara não ter procurado por trabalho recentemente, ela não é considerada como desempregada. Assim, quando mais pessoas passarem a procurar emprego, o número de desempregados deve disparar. 

A alta

Segundo os dados do IBGE, no mês de maio, no início da pandemia, 10,7% da força de trabalho brasileira encontrava-se desempregada. Em junho esse índice subiu para 12,4%, em meados de agosto a média era 13,6% e na última semana chegou-se a 14,3%.

Ainda que a taxa de desempregados tenda a subir nos próximos meses, a ideia é que a taxa de ocupação também evolua. A retomada gradual da economia tende a permitir que os trabalhadores encontrem mais facilidade para encontrar novos empregos. 

Informalidade cai

Outro dado interessante diz respeito à atividade dos informais. Acostumados a trabalhar quase sempre em locais onde há grande fluxo de pessoas, esse quinhão que respondia por 40% da ocupação em maio, chegou a agosto com 33,9%.

Pessoas não procuraram emprego

Um outro dado que chama a atenção é que, aparentemente, muitas pessoas que perderam seus empregos, não chegaram a buscar outro.

Isso se explica pelo pagamento do auxílio emergencial, de eventual seguro-desemprego e dos saques do FGTS. Agora, com o fim de tudo isso, a tendência é que as pessoas retomem a busca trabalhista.  

Sair da versão mobile