A ausência de atitude do governo federal tem se demonstrado extremamente danosa para os trabalhadores. A concessão do auxílio emergencial é uma solução de curto prazo, que terminará em alguns meses. Depois disso, a situação deve ficar ainda pior.
O número de desempregados já vinha crescendo no final de 2019. Quando a pandemia começou a quantidade de pessoas procurando emprego explodiu. Agora, que seria o momento de uma retomada, os números ainda sobem, em razão do fim dos auxílios.
O nível atual de desemprego é o maior registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística desde que a pesquisa começou a ser feita, no ano de 2012.
As coisas vão piorar
Na visão dos economistas, a situação deve piorar nos próximos meses, já que os programas de auxílio do governo diminuíram de valor e, em breve, serão encerrados. Assim, a busca por trabalho deve recomeçar de forma frenética.
Os números devem aumentar porque o IBGE só leva em consideração e conta como desempregados aqueles que, efetivamente, estão em busca de um emprego. Não se sabe exatamente como o instituto faz para saber quem está procurando uma vaga.
Os números estão crescendo
No final de agosto o número de desempregados era de 13.8 milhões. Esse número era 1,1 milhão maior que os números do trimestre anterior. Agora, os números subiram novamente, cerca de 600 mil.
Com exceção da agricultura, todas as atividades econômicas ainda estão demitindo profissionais. Segundo os especialistas, o aumento do desemprego e das demissões deve permanecer até o fim do primeiro semestre do próximo ano.
Governo precisa agir
Os especialistas entendem que, com o fim dos programas governamentais, novas demissões vão ocorrer. Outro problema é que algumas pessoas não estão procurando emprego em razão da crise sanitária ou por acreditar que não há vagas disponíveis.
Assim que essas pessoas voltarem à busca por emprego, os números serão pressionados e tendem a subir.
O governo federal precisa parar de pensar em eleições municipais e nas eleições de 2022 e trabalhar para reerguer a economia tão combalida do país.