Frente à possibilidade de retomada econômica, com maiores esperanças diante dos avanços para a criação de uma vacina para combater o vírus da Covid-19 e com gradativos relaxamentos na quarentena, a posição das autoridades econômicas brasileiras é de que a recuperação total do país se vê cada vez mais próxima.
Entretanto, não é o que mostra os dados divulgados pelo Banco Central (BC) nessa sexta-feira (13/11), que convergem para uma ideia de que há uma considerável desigualdade nesse processo de retomada econômica quando comparadas as diferentes regiões do Brasil.
Além da própria recuperação desigual no que se refere às regiões do país, também se vê uma diferença entre os setores econômicos. Conforme o que aponta o documento divulgado pelo BC, é possível identificar uma dificuldade maior nos setores de serviços que dependem de maior aproximação com seu consumidor.
Documento busca explicar os motivos dessa desigualdade
Diante dessa constatação, o Banco Central buscou apontar os motivos pelo quais entende que determinada região ou setor da economia nacional obteve maior êxito em sua tentativa de recuperação econômica em relação aos demais.
Sobre o setor de consumo de bens, afirmou-se que os programas de recomposição de renda teriam contribuído com uma aparente retomada, enquanto que o setor de serviços permanece preocupante por conta da continuidade do distanciamento social.
A respeito da diferença entre as regiões, muito se explica pelas diferentes abordagens de exploração econômica de cada região do país. No Norte, o impacto foi grande nas atividades industriais e no mercado de trabalho, tendo sido uma região fortemente impactada até os momentos atuais.
No Centro-Oeste, por outro lado, a produção agrícola não se deixou afetar tanto pela pandemia, tendo a indústria de processamento de alimento apresentado produção recorde de grãos durante a pandemia.
Regiões Sul, Sudeste e Nordeste projetam melhora gradativa
Embora tenham demonstrado uma recuperação abaixo do esperado, as regiões Sul, Sudeste e Nordeste sinalizam uma retomada gradativa na economia.
As expectativas de melhora são impulsionadas pelo aumento gradual de mobilidade e da reabertura das atividades econômicas, junto à recomposição de renda pelo auxílio emergencial e projetos de expansão de crédito.