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Consumidores conscientes fazem empresas repensar inclusão social

Os números não mentem. Entre as 100 maiores empresas na B3, nenhuma delas conta com um negro na presidência. Mais que isso, a participação nos cargos de diretoria e gerência não chega a 6%. Diante da situação, as empresas estão mudando. 

Isso porque há um novo perfil de consumidor que tem demonstrado cada vez mais preocupação com essa causa. Para as empresas a pressão é ainda maior, porque muitos investidores tem cobrado que as companhias sejam mais plurais. 

Programas inclusivos

Deixando a opinião dos racistas de lado, destaca-se os programas de trainees criados por empresas como o Magazine Luiza, voltados exclusivamente para pessoas negras. O projeto é uma forma de criar mais pluralidade na administração das empresas. 

Segundo a Refinaria de Dados, uma empresa especializada em analisar informações digitais, 38% das pessoas que se manifestaram nas redes sociais, o fizeram com menções positivas ao programa. 

O novo perfil do consumidor tem se alinhado com questões voltados para inclusão racial, a questão de gênero e questões ambientais. 

A força de uma marca

Muita gente não gosta de se posicionar nas redes sociais com medo das críticas. No caso das empresas a situação é ainda pior, pois a crítica não raro leva a um arranhão na imagem e, consequentemente, a perda de dinheiro.

Quando empresas se posicionam sobre questões importantes, como a inclusão, passam uma mensagem de força e, mais que isso, que não colocarão os ganhos financeiros acima de valores que são importantes para uma vida em sociedade. 

Movimento mundial

A situação que, no Brasil, é alvo de piadas nas redes sociais, tem causado grandes mudanças no mundo. O Black Lives Matter, um movimento criado nos Estados Unidos tomou proporções mundiais e elevou a discussão sobre as questões raciais. 

A pressão sobre as empresas para que façam uma evolução em seus quadros, demonstrando uma maior diversidade só cresceu. Por isso tantas novas ações têm surgido. 

A ideia de que o lucro pode ser o único norteador de uma administração parece ter sido deixada para trás. A reparação histórica está em curso e não parará. 

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